O amor às vezes é covarde! Sim, c-o-v-a-r-d-e. Foram tantas as vezes que ele se esvaiu. Quando eu achava que ele estava em minhas mãos, era aí que eu via que ele estava bem longe, quase inalcançável. Então, eu simplesmente parei de tentar. Parei de procurar e de achar que as histórias românticas que eu lia, aconteceria comigo.
E depois de vários, vários meses, não é que o danado apareceu? Sim, o amor apareceu, meio que não querendo nada, meio tímido, e livre de desapego. O tal do amor mora na mesma rua que eu, em frente a minha casa. Ele é alto, moreno, forte, olhos castanhos, cabelo escuro baixo e tem um sorriso lindo.
Começamos a conversar por mensagens e ele disse que estava a fim de uma garota mais nova, e que eu poderia ajudá-lo, lá no fundo eu sabia que a indireta era pra mim, mas eu não queria admitir e muito menos atropelar as coisas, sabe?
Tenho aprendido muito que certas circunstâncias da vida não se forçam, apenas se aguarda e espera o prazo vencer para tudo acontecer. E o prazo venceu. Ele me chamou para um churrasco em sua casa, e eu fui. Conversamos muito, até que chegou o ponto em que nossos cérebros já não estavam mais processando nossas palavras e o coração falou mais alto. Foi nesse momento que tudo pareceu girar e eu o beijei. Repito, eu o beijei. Beijei mesmo, quem o mandou sorrir tão pertinho de mim? A culpa foi dele por me fazer delirar.
Passamos a nos ver com mais frequência, e logicamente, os beijos aconteceram com mais frequência também. Prometemos não nos apegar, mas quando percebi, já estávamos apegados um ao outro, foi inevitável. Apesar disso, nenhum dos dois admitia. O orgulho já havia nascido, e nos distanciamos. Foi triste, porque mais uma vez o amor se esvaia, e eu estava deixando. Porque eu sou teimosa, e ele é infantil. Qual é o cara que dorme com pelúcias? Ele. Apenas ele. Ele é carente, mas eu sou mais, porque assim como ele gosta de dar carinho eu amo receber.
Comecei então a correr, literalmente. Todos os dias ás cinco da tarde eu corria pela avenida da cidade. Meu celular, a pista, e meus fones foram meus mais íntimos amigos naqueles momentos. Meu cérebro meu pior inimigo, visto que meus pensamentos sempre recaiam nele. O pior é que erámos vizinhos. Rolava sempre aqueles olhares e esbarrões. Recusávamos a reconhecer algo que nos prendia que nos puxava para perto um do outro.
E aí eu mudei. Pintei o meu cabelo loiro de castanho e fiquei linda. Emagreci, apesar de não ser muito gorda. Comecei a malhar, dei espaço para amizades (re) nascerem. Amizades àquelas que antes eu pouco conhecia. E aquelas simples colegas da minha sala de aula, se tornaram amigas, daquelas de guardarem meus segredos, de ouvir todos os dias minhas bobagens e de dormir na minha casa para uma noite do pijama com direito a muitas gordices e risadas.
O tempo passou. Eu havia parado de tentar outra vez. Porque mesmo com toda essa distância, às vezes eu mandava mensagens para ele , e me importava. Só que eu cansei, cansei de me iludir com um amor tão fraco. E agora vou tentar esquece-lo. Se for pra ser, um dia vai ser né? Quero um amor que lute por mim, e que não me deixe simplesmente ir. O amor dele passou a ser covarde como todos os outros. Ô vizinho, achei que tudo seria diferente com você, mas não foi.
Esse texto foi inspirado em uma amiga muito querida! Espero que você goste, e que eu tenha conseguido captar um pouco da essência que você me transmitiu ao falar mais sobre você.
Imagem: Tumblr
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xoxo
Que lindo Naty *-*
ResponderExcluirObrigada, Loma ♡♡♡
ResponderExcluirLi e esqueci de comentar kkkk
ResponderExcluirEu adorei eu texto *-* consegui imaginar as cenas e vi ele como se fosse o trecho de um livro!
Continue escrevendo e escrevendo!!
Sushi Baiano
SUUUUU! Obrigada haha! Vou continuar escrevendo, e quem sabe esse texto não faça parte algum dia do meu livro?
ResponderExcluirBeijos, minha linda! <3